Seguindo a linha do post anterior, segue transcrição de matéria do blog violência no parto:
Se você foi vítima de alguma dessas práticas, denuncie! Contribua para o fim da violência obstétrica!
12quinta-feirajul 2012
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O Ministério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde, além de grupos da Sociedade Civil como a ReHuNa, têm recomendado o abandono do uso de rotina de muitos procedimentos, tais como:
Se você foi vítima de alguma dessas práticas, denuncie! Contribua para o fim da violência obstétrica, escrevendo seu relato para violencianoparto@yahoo.com.br.
- Cesariana eletiva sem indicação clínica e/ou sob falsos pretextos;
- Exames de toque abusivos;
- Descolamento de membranas sem prévia discussão e autorização da gestante;
- Restringir a escolha do local de parto;
- Proibir o acompanhante de livre escolha da escolha da mulher;
- Desrespeitar o direito da mulher à privacidade;
- Permitir a entrada de pessoas não autorizadas no local do parto, restringido a privacidade e causando constrangimento à mulher;
- Deixar a mulher exposta fisicamente ou revelar informações confidenciais e/ou sigilosas;
- Exames de toque/remoção de rebordo de colo abusivos durante o trabalho de parto;
- Realizar intervenções/procedimentos sem o conhecimento e consentimento da mulher;
- Toque retal;
- Jejum;
- Restrição à deambulação e liberdade de movimentos, pois a liberdade de movimentos é necessária para o bom desenrolar do parto;
- Estabelecer limites rígidos de tempo para a duração das fases do trabalho de parto e parto.
- A realização de procedimentos “rituais” de limpeza, tais como a lavagem intestinal e a raspagem dos pelos púbicos;
- Praticar violência verbal (mandar calar a boca, xingar, humilhar, usar termos pejorativos, ameaçar), desconcentrar e desencorajar a parturiente: o parto é um evento fisiológico e para acontecer é necessário que a mulher esteja em um ambiente tranquilo, acolhedor, com uma equipe que a respeite. A prática de violência verbal é corriqueira nos serviços de saúde no Brasil e atrapalha o processo fisiológico do parto, pois eleva os níveis de adrenalina que bloqueiam a liberação da ocitocina natural, o hormônio responsável pelas contrações uterinas….
- Usar rotineiramente soro com ocitocina sintética para indução/aceleração do trabalho de parto e parto:
- Direcionamento de puxos: …..(“faça força agora”, “força comprida”, etc)
- Manobra de Valsalva:…. (orientar a “trincar os dentes e fazer força”)
- Obrigar a mulher a ficar em decúbito dorsal: …. desestimular a escolha pela mulher da posição/ambiente em que quer parir.
- A manobra de Kristeller, em que se imprime força sobre o fundo uterino no período expulsivo, expondo a mulher a grande sofrimento e ao risco de rotura uterina;
- O corte da vulva e vagina (episiotomia), pois esse procedimento está associado a lesões genitais no parto, piora da vida sexual, além de não trazer qualquer vantagem para a mulher. Reconhecidamente, a episiotomia deve ser um procedimento a ser prevenido, através da educação para a consciência genital (contração-relaxamento), a ginástica vaginal, o oferecimento de liberdade de posição no período expulsivo, a evitação de mandar a mulher “fazer força”, etc;
- Não permitir o nascimento espontâneo do bebê;
- Realizar fórceps e vácuo de rotina e/ou sem autorização da mulher;
- Realizar cesariana intra-parto sem indicação precisa e sem caráter de emergência;
- Clampeamento precoce do cordão umbilical: …. sem aguardar parar de pulsar;
- Afastar o bebê saudável da mãe: entregar um bebê vigoroso ao neonatologista para procedimentos de rotina, afastando-o da mãe e impossibilitando o estabelecimento do vínculo e amamentação na primeira hora;
- Manter bebês saudáveis em berçários nas primeira horas de vida ou durante todo o período de internação;
- Aspirar as vias aéreas do recém-nascido como rotina;
- Fazer qualquer procedimento com o recém-nascido sem conhecimento/consentimento dos pais: oferecer bicos, chupetas, mamadeiras com leite artificial para o recém-nascido, dar banho, aplicar vacinas e vitaminas;
- Realizar tração do cordão e massagens para agilizar o parto da placenta;
- Revisar manualmente a cavidade uterina como rotina.
Se você foi vítima de alguma dessas práticas, denuncie! Contribua para o fim da violência obstétrica, escrevendo seu relato para violencianoparto@yahoo.com.br.
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